Diástase de músculo reto abdominal

Diástase de músculo reto abdominal

O que é

Os músculos da parede abdominal têm por objetivo dar sustentação ao tronco e proteger os órgãos abdominais internos. Um destes músculos é o reto abdominal, centralizado no abdome anterior, ele é formado de 2 grupos de musculares paralelos e verticais, separados por uma linha vertical (linha alba) bem no meio do abdome anterior. Quando esses músculos se afastam, deixando um espaço visível entre eles, chamamos de diástase.

Atualmente, a medicina dispõe também de métodos minimamente invasivos e com alto índice de segurança para o tratamento e correção deste defeito ou falha. A videolaparoscopia e também a cirurgia robótica, permitem que possamos trazer para a posição original e anatômica estes grupos musculares, reestabelecendo a funcionalidade e a estabilidade da parede abdominal. Com videolaparoscopia e/ou com a cirurgia robótica conseguimos este resultado com o benefício de deixar pequena cicatrizes, muitas vezes imperceptíveis e com boa recuperação pós-operatória.

Causas

A diástase do músculo reto abdominal geralmente acontece pela distensão abdominal excessiva. Temos como causa a gestação e com obesidade, onde temos um aumento do volume intra-abdominal. Na gravidez, estes músculos, por efeito hormonal, se afastam para acomodar o bebê e, dependendo do biotipo e do tamanho alcançado pelo abdome, após o parto, eles podem não mais voltar par sua posição original e permanecer afastados, ocasionando a diástase.

Pessoas com sobrepeso ou obesidade, ou que ainda alternam ganho e perda de grande quantidade de peso, o conhecido “efeito sanfona”, em decorrência do também podem apresentar músculos abdominais fracos ou enfraquecidos e, consequentemente, evoluir com diástase. A postura incorreta ao carregar peso é, ainda, um fator de alerta, assim como tumores na região, que podem acabar empurrando os músculos para a lateral do abdômen.

Sintomas

Além da questão estética, já que esse problema pode deixar a impressão de órgãos internos visível externamente e ocasionar flacidez na pele abaixo do umbigo, é possível que a pessoa note o abdômen inflado. A diástase do reto abdominal não provoca dor, mas pode interferir na estabilidade do tronco, o que deixa a pessoa predisposta ao desenvolvimento de dor nas costas. O paciente também pode sentir alteração intestinal e prisão de ventre.

Indicação cirúrgica

A cirurgia para correção da diástase é simples e podem envolver métodos avançados da medicina. A videolaparoscopia e a cirurgia robótica são duas maneiras seguras de corrigir o abdome deste paciente, quando tratamentos conservadores não foram suficientes para resolver o problema, e principalmente quando a/o paciente não tem indicação de ser submetida(o) a abdominoplastia.

Quando há diástase reto abdominal, o médico cirurgião precisa reaproximar e reposicionar os músculos, para que eles fiquem na posição correta e anatômica. Isso pode ser feito com pequenos cortes na barriga, para inserção dos instrumentos. Uma câmera de alta resolução permite que o profissional visualize todo o procedimento e a alta médica geralmente acontece em poucos dias.

Diagnóstico e tratamento

Para saber se o caso é de fato um quadro de diástase reto abdominal, a pessoa pode ficar deitada, abdômen contraído e posicionar os dedos na linha média da barriga. Se houver separação de 3 dedos ou mais, procure um médico especialista em parede abdominal. Outros exames, como ultrassom e tomografia, serão solicitados pelo médico, para avaliar o seu caso e dar um prognóstico.

O tratamento definitivo será sempre cirúrgico, o paliativo ou conservador é com fisioterapia. Para evitar o problema a longo prazo, pratique exercícios físicos e mantenha uma alimentação equilibrada, rica em proteínas. A pessoa com diástase só deve realizar exercícios abdominais com orientação de um profissional.